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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Rota da propina da Alstom para Governo de São Paulo é denunciada pela Justiça britânica





Com informações do Jornal O Estado de S. Paulo


A rota do pagamento de propinas da multinacional francesa Alstom para garantir o favorecimento em licitações com o Metrô de São Paulo passava por Paris e Reino Unido, antes de chegar a funcionários do Governo de São Paulo.


Segundo o Escritório contra Fraude no Reino Unido, o esquema estaria disfarçado como pagamentos de consultorias.


Nos últimos anos, a Bancada do PT na Assembleia liderou inúmeras iniciativas para denunciar o escândalo que movimentou ilicitamente milhões de dólares, durante os Governos de Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.


Reportagem do correspondente Jamil Chade publicada essa semana no Jornal O Estado de S. Paulo revela que há suspeita de que dois executivos da Alstom - o presidente Stephen Burgin e o diretor financeiro Robert Purcell - seriam responsáveis por organizar o pagamento de propinas para funcionários públicos.


De acordo com a Justiça britânica, esses funcionários teriam pago mais de US$ 120 milhões em propinas para garantir contratos públicos em todo o mundo; parte do dinheiro veio para o Brasil.


“Na Suíça, contas em nome de 19 pessoas físicas e jurídicas brasileiras estão bloqueados. No ano passado, o Ministério Público da Suíça congelou US$ 7,5 milhões em nome de Jorge Fagali Neto, ex-secretário de Transportes do governo de Luiz Antonio Fleury Filho. Suspeita-se que o dinheiro seria fruto de pagamentos de propinas da Alstom para garantir contratos públicos.


Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e chefe da Casa Civil do governador Mário Covas entre 1995 e 1997, também está sendo investigado, mas não se manifesta sobre o caso, que corre em segredo de Justiça”, informa a reportagem de Jamil Chade.


O favorecimento de políticos paulistas, ligados às gestões tucanas, à Alstom, em troca de milionárias “caixinhas” foi revelado pelo Wall Street Journal em 2008. O caso, que já foi alvo de um pedido de CPI da Bancada do PT, continua sob investigação nos Ministérios Públicos do Brasil e de países europeus.

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