Lula defende novas tecnologias para reduzir emissão
Agencia Estado
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu hoje uma maneira de aliar o incentivo ao crédito e a adoção de novas tecnologias para minimizar a emissão de gases de efeito estufa pelos automóveis, facilitar a renovação da frota brasileira de veículos e estimular a indústria. Em discurso na abertura do Challenge Bibendum, evento sobre sustentabilidade automotiva realizado no Rio, Lula lembrou que já defendia a ideia quando era líder do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista.
Ele afirmou que seu governo tem adotado políticas de redução dos custos financeiros para o financiamento de caminhões para autônomos e pequenas empresas, tratores para a agricultura e ônibus para renovar a frota de municípios. Segundo Lula, a mobilidade nas cidades é um desafio que a realidade do País impõe.
O presidente lembrou que o Brasil foi um dos pioneiros na pesquisa de fontes de energia renováveis, como o etanol, em substituição ao petróleo. Ele também criticou a postura ambiental dos países desenvolvidos. "Os grandes, que sabiam tudo, não sabem o que fazer para parar de jorrar petróleo", afirmou Lula, numa referência às dificuldades da British Petroleum (BP) e do governo dos Estados Unidos de interromper o vazamento de toneladas de petróleo no Golfo do México. "Eu acho engraçado como a imprensa trata esse negócio. Imagina se fosse a Petrobras, se fosse aqui, na Baía da Guanabara? Imagina o escândalo que o mundo não faria contra nós", discursou Lula, arrancando aplausos da plateia.
Lula voltou a se queixar da reação contrária das potências nucleares, lideradas pelos Estados Unidos, ao acordo costurado por Brasil e Turquia para que o Irã volte a negociar com a Agência Internacional de Energia Atômica. O presidente também afirmou que o Brasil e sua reação à crise internacional tem muito a ensinar aos que, nas últimas décadas, acreditaram que o melhor caminho para o desenvolvimento era a redução do peso do Estado na economia. "O mercado não é Deus e o Estado não é o diabo. Aprendemos que se os dois funcionarem bem juntos é um tanto melhor", definiu.
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Ela citou vantagens “comparativas” que o Brasil possui na área de energia renovável e em práticas sustentáveis como a fixação de nitrogênio nas lavouras e a rotação entre lavoura e pecuária. Ela defendeu ainda uma meta de redução do desmatamento na Amazônia e afirmou que o reflorestamento de áreas degradadas pode gerar ganhos de produtividade. Ela afirmou que a redução do desmatamento é um compromisso “independentemente dos fóruns internacionais”.
Ela defendeu que o investimento em infraestrutura no país seja diversificado e não fique apenas concentrado no BNDES. “Não conseguiremos garantir o funding de infraestrutura sem a presença dos fundos de pensão atuando mais forte”, disse. Afirmou, defendendo ainda o lançamento de debêntures e o financiamento privado de longo prazo.
“Não podemos deixar que só o BNDES financie a infraestrutura e as demais atividades industriais e econômicas do país”, disse. A ex-ministra previu que, até